Velhos estão sempre alforjados de alguma valia e desvalia. Sempre à mão uma sacola colorida donde recolhe seus achados, arruelas, parafusos, cordões que sempre serão imprescindíveis. O tempo curvou-lhes a cerviz e agora seus olhos gastos veem o chão e seus tesouros. É no chão, na terra que ele se reconhece, seus destino, sua origem e seu fim. Olhar para cima nada lhes acrescenta, o éter é para os loucos e poetas que veem na amplidão razão e significado... idiotas!É no chão que está o fluido... Anseiam pelo abraço telúrico, pelo calor de Gaia, eviterna. Mãe que apodrece as vilezas, desditas, honras e sordidez. Senhora das horas, dos príncipes, de toda beleza e todo feiume. Sheol de todas as palavras, guardiã de poemas e crenças... O velho vai ensejando vida, desterrando nomes e histórias que o piso calcado vai puindo... Segue seu curso indeciso mas infindo com os pés bem fincados em seu chão...
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