sexta-feira, 25 de março de 2016

Monólogo com o Vardi

Tenho pra mim seu,
quessimundo tá em desgoverno adiantado.
Na boleia vai um sem eira,
que não se pinge estremecimento
nem com o agudo de gentes derramadas em estrada.
Tenências ninguém carece mais.
E a maleza abunda o corrido
ingual chuva que desaloja tatu.
Vou que os dontonte iam era formando o transcorrido em pressa.
Queimando, cortando pau, barricando rio, sem assomo nem pejo.
Povaréu vem vivendo feito bicho, mas bicho mesmo nem rastro.
Menino agora tem mais maleza que a urutu.
Assombração era im antes que formava,
agora marelou e se escondeu no medo,
que o modo dele agora é medrar o bem em mal.
Não regula mais nada, tudo entortou.
Passarinho canta por lonjura, que tem muito som no mundo.
O silêncio rareou numa carestia deserdada, não tem pouso.
Trasmudaram os tempos e as estações aluaram.
O vento persegue seu rabo altadas da noite
e esquece até a hora de seu turno ventoso.
Ninguém divurga nada nesse trasmundo.
É tudo desórtico, não tem procedência certeira,
évai num trote descavalado e sem rumo.
Donde se dá que nenhum se avizinha,
cada um assunta seu imbigo gordo.
-É seu! Sua graça desconheço proposital,
é em carecência de prosa que discorro,
mas em seu turno, empresto o ouvido,
mode assuntar seu desconforto.
Tresdigo e redigo,
têm tenência? tem nadas...

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