segunda-feira, 28 de março de 2016

Notícias

-Tiro por eito que nesse inverno ingia,
mode a nevoada que evem madrugando!
Maracanã ta empoleirando im antes da lua branquear.
As tardes já estão com cheiro úmido,
rescendendo ureia nos restolhos da mindinha.
A aragem vem subindo resfriorenta,
pintando no horizonte manchas avermelhadas,
mode o esconder do sol se indo receoso.
É outono, e o mundo tem pressa.
As gentinha rasteira inaugura a noite cricrilando.
As folhas encerraram sua dança, receosas.
Coisa da maior desimportãncia se anuncia.
Coã já deu presságio agourento longe,
mas a seriema recém casada informa
que o mistério da noite se instala escurando.
Não há temor na matinha nem querelas,
só o estalido de pau que endireita o prumo.
-No escurão da noite, vurto divurga o medo!
Mas não tem pouso quando évem o sol.
Em nascendo desanuvia todo arreceio.
- É isso Seu! Me arrecolho que o amanhã é branco!
(As palavras entontecem a fala cedo)

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