Buriti se apegou à pedra
com esperanças de raiz
porque dela merejava no limbo.
Oco de pau sorriu-se moco,
na trilha d’anta fiotada.
(É perciso ser reto em fala torta do povo)
Tudo buburinhou na manhã
de nuvens parcas veraneiras
e aquele ventinho ventoso,
que envinha-vinha na copa baixa.
Tenho cisma de grotão
onde o capim navalheia.
Chupim e o passopreto
no entorno do brejinho mode gole,
assuntando água e cisma alerta,
dão conta de chuva chuventa
que évem vem-vem rala, molhadeira.
É dezembro e o mundo range
de alegrias ensaiadas, antigas.
Deferençou nada no ermo:
Musco ogrou sua beleza,
imbaúba viçou viçosa...
Tudo segue seu ritmo tatibitate.
Gorgojeios, zumbidos, estalos.
Tiziu cantou seu canto-pulo
para o buriti teimoso no rego.
Piripimpim d’água rala vazou
mundo adentro, vida veloz e sempre.
-É tarde tardejando! Hora da boia no rancho…
Nenhum comentário:
Postar um comentário