segunda-feira, 19 de agosto de 2024

A mulher azul

 


Um Panamá amarelo avua breve;

Flana sobre a areinha branca-branca

Do corguinho dêitico no valusto.

A vida amarela delas é cedo

Seu voo é silente e mimético.

O valado é glosa de alados 

e a linguagem delas é asa.

Mas no meio d’água, azulante 

um grande par de asas abana só…

Sobre uma pedra branca alta

ela confere sem pressa, seu cabedal,

o mundo vasto, mundico aquoso. 

Mistério dela é cor, voo cego, azul.

Telúrica e solar, ela é segredos,

vestindo sua túnica celeste, 

irmã de vestais, iluminada e assunta,

desaparece num átimo, no verde. 

Densa como a mata ela some

e vai pintando de azul, o oscuro,

el reino de sus alas majestuosas…

Panambi açu.

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