Sou home de posses ocas
Trago no
regaço, perfídias
E tenho por
tesouro um afago
Que de tão
vago, não sei se vivo.
Dolo e desdém
me amparam
Na secura de
gente que passa
Não escutam
nem ouvem, cala
Minha alma
rala, em desalinho.
Tosco, meu
canto roto
Ensimesmado
e tartamudo
Não sabe
donde vem seu eco
Pois quando
rezo peco, Quasimodo.
Penedos e
desertos argui
Por saber o
que se deu no céu
No dia em
que fui nascido,
Destarte envilecido,
adormeci.
Mas o tempo
sempre renova
Esperanças e
alegrias findas
Em algibeiras
de estrelas
Quando findam
querelas, amanheci.
Vindos dias
e noites tais
Quais são de
lá e daqui
Onde o
terror da morte
De outro
modo sorte, quando partir.
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