Deu-se no eito
que um saruê correu
com as crias, feito timbetê
agatunhadas no pelo peloso.
Frio evinha friando grosso,
selecionando o povo besta
que enoita fazendo fusca,
gravanhando lixo e latomia.
-Inté cachorro silenceia
e a motorama nao grunjeia ronco.
-Q’ié só gentelha que da papoco
achando boniteza em feiura feia.
Tardejava a madrugada findante
e um vento fustigoso amainava,
mode que o sol já luzmeiava
réstias de ouro no capim palha.
Era agosto anunciando sua ira
de menino malino, fosquejando.
as ventas abertas, olhar fino
espalhando bosta de baiano…
Eita curruera de pó que sobe
e a chuva presa feito piriri…
Agosto é voz de cachorro,
de ovo gôro mode cuidado.
-Tem destempero e feiúra nestrem!
Mas o mundo se enche de cores
e do vicejo que vem brotunhando
pra inaugurar setembro bocejando já!
Nenhum comentário:
Postar um comentário