segunda-feira, 30 de maio de 2011

Velha fotografia.

Minha filha, minha ilha distante,
filha da minha alegria,
sangue do meu sangue,
ossos dos meus ossos,
minha carne,
minha cara em suas faces.
sua risada em minha poesia.
Pra onde voce foi?
Onde estou sem você?
Em minha casa fria.
Não te guardo nas pálpebras,
não te tenho no regaço,
não te cuido, nao te acudo
na noite sombria,
minha filha, minha alegria.
Depois que te perdi,
todo caminho é torto,
toda luz é opaca,
todo amanhecer é tarde,
toda noite é dia,
minha filha, minha alegria.
Em meus sonhos sempre te vejo,
dentro de meus olhos baços,
tua forma bonita, teus traços,
teu contorno meu
que minha memória cria,
parece que sou eu,
contudo, algaravia.
Sem você o céu é púmbleo
e tudo é alegoria.
não como, nao bebo,
nao durmo, nao rezo
sem pensar em você
minha filha, minha alegria,
estampada numa velha fotografia.

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