terça-feira, 9 de agosto de 2011

Poeminha quadrado

A paz me alvejou
e não veio sozinha.
Trouxe junto um amor
e uma calma alegria.
Veio em partes,
toda em pedaços
como num jogo de encarte,
como em banho Maria.
Uma foto ambígua,
uma tarde num banco de rua,
um abraço, embaraço,
um afago.
Um rubor que ainda arde.
A paz é leve e leviana,
mas faz cara de grave.
Quase diz o que pensa
e sempre ri com vontade.
A paz ainda é jovem,
mas já tem uma certa idade.
Ela é moça de longes,
de terras tão distantes.
De uma cidade Nova,
de antigas paragens.
De um mato-grosso de dantes.
Lugar de chuvas e estiagens.
A paz comprou família.
Tem gato, cachorro, sobrinhos.
E tem até irmãs é claro.
Tem dote e planos destarte.
A paz é legal
mas também é guerra:
em partes
Porque como toda mulher viva
está cheia de suas vontades,

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